Anjos e demônios têm dois tipos de espectadores: os
Brownmaníacos e os outros. Os primeiros, envolvidos no estilo e na leitura do
primeiro livro “O código da Vinci” ou calejados (espero que esta palavra
exista) pelo sucesso que ele foi, chegam preparados para qualquer coisa.
Mesmo que essa coisa, essa eventualidade, seja uma total reprise da aventura posterior de Robert Langdon. E, mesmo que o personagem principal não perceba alguma coincidência, é difícil não reparar os mesmo ingredientes utilizados tanto em “O código da Vinci” quanto em “Anjos e demônios”. Recapitulando, temos: um perito em alguma área, detentor de um segredo revolucionário; um assassinato; marcas estranhas; professor de simbologia de Harvard e, como não podia deixar de ser, uma coadjuvante bela e inteligente para fazer o par amoroso com Robert Langdon. Aliás, nessa parte o enredo é pouco original e muito forçado. E se você contar com a frase “Houdini fazia Ioga” parece mais um clichê Howlyoodiano. Parece e para a maioria (e não a totalidade) é.
Mesmo que essa coisa, essa eventualidade, seja uma total reprise da aventura posterior de Robert Langdon. E, mesmo que o personagem principal não perceba alguma coincidência, é difícil não reparar os mesmo ingredientes utilizados tanto em “O código da Vinci” quanto em “Anjos e demônios”. Recapitulando, temos: um perito em alguma área, detentor de um segredo revolucionário; um assassinato; marcas estranhas; professor de simbologia de Harvard e, como não podia deixar de ser, uma coadjuvante bela e inteligente para fazer o par amoroso com Robert Langdon. Aliás, nessa parte o enredo é pouco original e muito forçado. E se você contar com a frase “Houdini fazia Ioga” parece mais um clichê Howlyoodiano. Parece e para a maioria (e não a totalidade) é.
Agora, o contexto da história é bem mais trabalhado e
mais interessante do que a história previsível. Uma jornada pelas ruas de Roma,
cheias de enigmas, segredos, e trama bem articulada. Pano de fundo? Pontos
turísticos, belas paisagens e locais exóticos. Tudo muito bem descrito e
situado. Somam-se à isso todas as revelações surpreendentes e dramáticas que
vem à tona no final, em ritmo intenso, com segredos descobertos e todas as
peças se encaixando, mostrando, uma vez mais, um novo mestre da ação do
suspense e da trama inteligente. Isso sem falar de todas as escapadas
sensacionais de Langdon que tornam o livro uma ótima pedida para qualquer
leitor.
Já a narrativa, gostaria de esclarecer um ponto.
Todo mundo por aí anda dizendo que Dan Brown consegue te prender e tudo. E
prende mesmo, não é nenhuma novidade. Você prefere não dormir só para ler mais
um capítulo – experiência própria. Mas vista de perto, descobre-se a boa e velha
estrutura formal que se convencionou chamar “jornada do herói”, com o
protagonista sendo lançado à uma jornada, hesitando, encontrando perigos,
antagonista e vencendo desafios para no final salvar o mundo e a si mesmo (e com "mundo" quero dizer "só o Vaticano") .Isso
permeado da sistematização, em que uma pista leva a outra, que leva a outra – a
exemplo do filme “A lenda do tesouro perdido”.
Mesmo assim, continua clichê. E, mesmo que não
seja tão vazio quanto O código da Vinci (agora o autor discute algumas metafísicas e
teologia) não vou afirmar dessa vez que seja “leitura industrializada
vendida à um amplo mercado ávido por leitura fácil, vazia e efêmera” (até
porque se considerarem meu gosto e referências literárias, também serei leitor
passivo incluso nesse mercado). Mas a questão é: opinião, gosto. Veja só: existe o
telespectador burguês que vai ao teatro por puro exibicionismo ou divertimento
sim. Também existe o telespectador que quer ver alguma coisa a mais do que o
simples enredo, a simples ação, quer ver arte, técnica. Entretanto não tem motivo classificar
esses dois tipos de espectadores – um tem sempre um pouco do outro. Portanto,
acabo a resenha recomendado este livro para quem curte entretenimento (primeira
vez que faço isso. Nunca gostei. Resenha é para demonstrar uma opinião crítica,
não para recomendar “isso” para aquele “tipo”. Ah, e não tem nada de errado em curtir entretenimento).
PS.: Eu, Noah, já havia feito uma resenha para este livro no meu blog. Esta é outra, inédita para o Skoobeiros - faz tempo que não posto aqui. Tentei não fazer o CTRL V, porém, mesmo assim, percebe-se algumas semelhanças, se você comparar as duas (mesma tese, mesmo colunista, rsrsrs).
6 comentários:
Resenha pequena, né?
Agradeço pela resenha magnífica, temos o conceito de clichês idêntico. Porém, aceito assumir que você anda conseguindo formular e articular as palavras para falar de clichês melhor que eu. Admiro essa tua característica de criticar, sem perder o equilíbrio.
Fiz algumas pequenas mudanças, para não causar o mesmo problema da resenha anterior. Espero que com essas pequenas mudanças, eu não tenha retirado ou até mesmo danificado a essência da resenha.
Eu sinceramente pelos trechos que li do tal autor, realmente achei um livro efêmero, mas prefiro não entrar em detalhes para não arrumar uma confusão. Afinal, Dan Brown e seus temas são polêmicos.
Att. G.Pedro
Parabéns pela resenha! Já li Anjos e Demônios e curti bastante. Abraços!
http://newsnessa.blogspot.com/
Olá... Interessante sua resenha, a alguns pontos que discordo, e gostei de perceber isso, ver o seu ponto de vista...
Sou fã de Dan Brown, amo sua mente conspiradora e como ele consegue pegar certos fatos reais da historia e transformá-los numa historia alucinante (Isso me faz querer dá uma pesquisadinha nesses assuntos, nos desperta a curiosidade, pelo menos no meu caso). É interessantíssimo, nos faz pensar um pouco sobre tudo... E acho que isso é sempre bom XD
BJ e parabéns pela resenha. Simplesmente amei.
http://amigasentrelivros.blogspot.com
Certo Pabline. Mas no meu caso, não despertou a mínima curiosidade, principalmente porque já sabia algumas coisas a respeito da sociedade Iluminatti. Mas entendo que muitas pessoas fiquem curiosas para pesquisar.
Obg por opinar. Os comentários dos leitores são extremamente necessários para exortar o blogger. e seu blog, lógico.
Ps.: Não tem problema que me chamem de Noah ou Nícolas, isso foi um lance interno entre meus amigos estudantes aqui na escola- aí eu acabei passando para a web. Mas já consertei isso - no meu perfil do Skoob, Twitter e facebook - e também porque é até melhor que me chamem mesmo de Nícolas (Noah soa americano...)
Ps 2: eu fiz outra revisão (troquei a palavra Tornar por Tornam e Leito por Leitor) ta ok? Ah e não se preocupe, suas alterações não danificaram a resenha - até melhorou, para que não me entendam mal. Vlw GP.
Oie! Parabéns pela resenha... Eu li o livro e vi o filme! Gostei bastante... Livro complexo, cheio de detalhes que nos leva pra dentro da história de um jeito quase único.
Bjos e sucesso
Lilo
Redenção
Oi
ficou muito boa a resenha eu adoro os livros do Dan Brown e esse é meu preferido eu me lembro que quando estava lendo fiquei muito envolvida com a leitura a cada lugar que iam eu conseguia imaginar direitinho como era e depois com o filme então bha ficou perfeito.
Beijão Lizi
http://lilicasg.blogspot.com.br/
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