Embora tenha que
respeitar o contexto histórico, político e poético da obra, como o blogueiro sincero que
busco ser, é um dos meus deveres falar a verdade e somente a verdade para
meus fiéis leitores.
Viagens na Minha
Terra é um livro extremamente monótono que narra uma história de amor
extremamente monótona, em uma paisagem extremamente monótona e com uma
linguagem mais arcaica do que a época em que o livro foi escrito. Almeida
Garret ultrapassou o conceito do belo arcaico e chegou ao topo da monotonia e quase atingiu outro nível que ainda não consegui nomear.
Mas como nem tudo são
espinhos, Almeida Garret não poderia jogar seu título de bom autor fora com
esse livro, que embora extremamente crítico não fez o dever principal do livro que , para mim, é envolver o leitor.
Almeida Garret quase
na beira do poço, mergulhando no abismo, conseguiu com seus devaneios psicodélicos arrumar em parte, a besteira que tinha feito. (Like a Carroll.)
Entre indas e vindas,
personagens e paisagens, encontramos uma garota aparentemente perfeita e
apaixonada. (Na mesma praça, no mesmo banco.)
O livro também critica os
laços de cultura que Portugal não conseguia romper com a França, onde Garret
revoluciona a escrita portuguesa, ainda que não possamos dizer que com
maestria.
O livro merece ser
lido sim, não só pelo conceito histórico, mas pelo conceito histórico-revolucionário
que marca a época em que os lusitanos quebram os laços literários com a França,
e começam a produzir sua própria cultura.
2 comentários:
Sempre rola isso né? Conquista alguns, conquista numa época...
E bem, nem sempre acerta-se a mão com todas as obras.
Bom saber!
liliescreve.blogspot.com
Almeida Garret é deveras chato.
Mas a escrita, o enredo e o desenvolvimento das personagens depende muito da época em que foram escritos. E pode ter certeza, na época fez aquele baita sucesso!
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