quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Resenha: Axolotle Atropelado

Postado por Pamela Moreno Santiago às 21:29

Axolotle Atropelado
Autora: Helene Hegemann
Editora: Intrínseca
Nota: 
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Sinopse: “Vidas terríveis são a maior das felicidades”, desabafa Mifti em seu diário. Aos dezesseis anos ela assumiu sua condição de “garota-problema” participante da cena underground de Berlim, onde mora desde a morte da mãe. A narrativa de suas experiências, radicalmente influenciadas pelo uso de drogas diversas, faz o leitor mergulhar em uma sequência de acontecimentos paradoxais e incomuns.
Mifti é a protagonista de Axolotle Atropelado, romance de estreia da alemã Helene Hegemann que, aos 17 anos, conquistou a crítica literária e se transformou em fenômeno editorial no país. Pertencente a uma família disfuncional, com seus meios-irmãos ricos e negligentes e o pai egoísta, Mifti luta para dar sentido a sua vida. Em seu diário, alucinações e realidade se mesclam na descrição de sua rotina, pontuada por experiências de sadomasoquismo, autodestruição e abuso de drogas – entre álcool, heroína e ecstasy. Ela, que anseia por liberdade e pela fuga das convenções sociais, tece críticas à família e à sociedade alemãs e discursa sobre filmes, música e filosofia.Em busca por uma parceria e por uma compreensão incondicional, Mifti adota um mascote exótico e surpreendente: o axolotle – uma espécie de salamandra mexicana que permanece em estado larvário, sem se desenvolver. 
Resenha

Através de uma narrativa forte e pesada, Helene constrói a vida da personagem Mifti. A sinopse já nos traz bastante traços importantes na construção da mesma e do enredo. Ela é uma adolescente de 16 anos, que tem como companhia os meios-irmãos, as drogas e o álcool. Além disso, é bissexual assumida, e nos choca com diversas passagens em que traz a tona seu lado erótico.

“A única coisa que desenvolvi foi um amor por adjetivos que deixa todo o resto na sombra.”

Confesso que a primeira sensação ao terminar o livro foi: de onde essa garota tirou essa brisa? Porque sério, pra mim esse livro foi uma grande brisa. Construções gramaticais de difícil entendimento, alucinações, sadomasoquismo. Tudo disposto de maneira bem “louca” a meu ver.
O axolotle entrou em cena quase no final do livro e ainda não encontrei uma função prática para o mesmo dentro da obra. Quem sabe com uma segunda leitura, meus horizontes acerca do livro não se abram, não é mesmo?

Sobre a autora: Helene Hegemann nasceu em Freiburg, Alemanha, em 1992, e mora em Berli. Axolotle atropelado, seu romance de estreia, foi indicado para o prêmio literário do lit.Cologne, um dos maiores festivais de literatura da Europa, e foi finalista do prêmio literário da Feira do Livro de Leipzig, em 2010. Torpedo, seu filme anunciado como “a revelação do ano” no Hof Film Festival de 2008, estreou na Alemanha no verão de 2009, recebendo o prestigiado prêmio Max Ophüls. Helene também é autora da peça de teatro Ariel 15, que estreou em 2007.

3 comentários:

Anônimo disse...

Ainda não tinha lido nenhuma resenha sobre esse livro, mas não me interessei muito não. Sei lá, tô procurando ler as histórias mais "pé no chão" e deixar essas que os personagens fogem dentro de seus próprios pensamentos, de lado...
Enfim, a capa é bacaninha, mas não me chamou a atenção também. =P

Beijinhos!

dferreira on 24 de setembro de 2012 às 16:23 disse...

Essa experiência literária mais louca e diferente como 50 tons de cinza. Mas o que há é que 50 tons engatou, e axolote, bem é da intrinseca mesmo? Joaquim tem que melhorar nos palpites sobre as próximas modas, a filosofia da editora é voltada pra ficção. Mas enfim, falando da obra, talvez faltou só uma pesquisa de demandas, como foi 50 tons que agradou tanto jovens, YAs como adultos procurando uma leitura de entretenimento de QUALIDADE. Mas Axolote vale pela situações apresentadas, novas experiências e reflexões que poderiam ser tiradas dessa leitura.

dferreira on 24 de setembro de 2012 às 16:24 disse...

ps: isso aí é century gothic é? Legal a mudança, tô vendo que caiu como uma luva pro novo layout.

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