Autor: Charles Baudelaire
Editora: Martin Claret
Nota: 5/5
Sinopse: O poeta crítico francês Baudelaire inventou uma nova estratégia da linguagem, incorporando a matéria da realidade grotesca à linguagem sublimada do romantismo, criando, dessa maneira, a poesia moderna. Sua obra-prima é o livro As Flores do Mal, cujos poemas mais antigos datam de 1841. Além de celeuma judicial, o livro despertou hostilidades na imprensa e foi julgado, na época, imoral.
Através de versos metrificados e rimados, típicos do Parnasianismo, Charles Baudelaire escreve a obra As Flores do Mal. Os temas dos poemas vão desde o sublime, ao indecoroso. Sua primeira edição foi em 1857, e a segunda em 1861. Após a publicação da primeira edição, os seis conjuntos de poemas delimitados abaixo tiveram de ser retirados da obra, como forma de censura:
- Lesbos
- As joias
- O Letes
- A que está alegre
- Mulheres condenadas
- As metamorfoses do vampiro
E depois de lê-los, descobri o porque foram cortados e somente recolocados em versões mais atuais. O próprio nome do poema “Lesbos” traz a simbologia que dá origem a palavra lesbianismo.
Já havia estudado Charles Baudelaire na faculdade, quando estudei a segunda geração romântica, pois foi origem e inspiração de autores, como Álvares de Azevedo.
É indicado para todos que gostam de poesia na sua mais pura realização.
"Lesbos, terra das quentes noites voluptuosas,
Onde, diante do espelho, ó volúpia maldita!
Donzelas de ermo olhar, dos corpos amorosas,
Roçam de leve o tenro pomo que as excita;
Lesbos, terra das quentes noites voluptuosas,"
[trecho extraído de "Lesbos".]
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