—Você sabe que nunca mais vai ver o pôr do sol se disser
não?
—Nunca gostei do pôr do sol.
—Nunca mais vai ver a vida.
—Depois de tantos milênios acho que já enjoei dela.
—Então a resposta é não?
—Sim, demônios devem ficar onde sempre estiveram.
—Mesmo que para isso tenham de morrer muitos soldados, pais
de família?
—Não venha com sentimentalismo, você mesmo já matou mais do
que se consiga contar.
—Matei por que tinha honra.
—Honra pelos
demônios.
—Honra é
honra não importa de onde venha ou se dirija.
—Isso não é
problema meu.
—É mais do
que você imagina, muito mais.
—Se eu
aceitasse, qual seria meu papel?
—Não se faça
de bobo, você sabe que para abrir um portal é preciso dos Treze.
—E o que eu
ganharia?
—Honra.
—Por você ou
pelo demônio?
—Minha, mas
se serve para consolá-lo eu já fui um demônio.
—Quando será?
—Na noite
mais longa do ano.
—O demônio vai
precisar sugar forças, quem serão os atributos?
—Prisioneiros
de guerra, humanos imprestáveis.
Décimo Terceiro virou, abriu suas asas brancas afiadas, tinha asas,
tinha coração, não era um anjo, na verdade estava muito longe disso.
Chegou ao que ele
chamava de casa, e iria dormir, não por necessidade, poderia ficar milênios sem
dormir, como fizera em tempos remotos, na época que anjos e demônios ainda
dominavam a terra. Foi dormir, e um rápido pensamento lhe passou á cabeça, essa
poderia ser a última noite que conseguiria dormir bem, e ele tinha razão. Pensou
que algo muito ruim estava para acontecer. Ele acertou.
4 comentários:
Bem interessante ^^
Esperarei a continuação!
Beijos!
PS: Se gostar de marcadores de livros, tá rolando a primeira promoção no meu blog, da uma passada lá! www.minha-vida-literaria.blogspot.com
Olá,
gostei muito do blog, tudo muito bem separado.
Parabens pelo blog.
Abraço,
Cinha
ótima história... tem alguma frequencia certa ou eh qd der na cabeça?
É, uma história que nunca saiu dos primeiros capítulos.
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