sábado, 2 de junho de 2012

Viagens na Minha Terra #Resenha

Postado por O Livreiro² às 12:45

  Embora tenha que respeitar o contexto histórico, político e poético da obra, como o blogueiro sincero que busco ser, é um dos meus deveres falar a verdade e somente a verdade para meus fiéis leitores.

 Viagens na Minha Terra é um livro extremamente monótono que narra uma história de amor extremamente monótona, em uma paisagem extremamente monótona e com uma linguagem mais arcaica do que a época em que o livro foi escrito. Almeida Garret ultrapassou o conceito do belo arcaico e chegou ao topo da monotonia e quase atingiu outro nível que ainda não consegui nomear.

 Mas como nem tudo são espinhos, Almeida Garret não poderia jogar seu título de bom autor fora com esse livro, que embora extremamente crítico não fez o dever principal do livro que , para mim, é envolver o leitor.

  Almeida Garret quase na beira do poço, mergulhando no abismo, conseguiu com seus devaneios psicodélicos arrumar em parte, a besteira que tinha feito. (Like a Carroll.)

 Entre indas e vindas, personagens e paisagens, encontramos uma garota aparentemente perfeita e apaixonada. (Na mesma praça, no mesmo banco.) 
  O livro também critica os laços de cultura que Portugal não conseguia romper com a França, onde Garret revoluciona a escrita portuguesa, ainda que não possamos dizer que com maestria.

 O livro merece ser lido sim, não só pelo conceito histórico, mas pelo conceito histórico-revolucionário que marca a época em que os lusitanos quebram os laços literários com a França, e começam a produzir sua própria cultura.

2 comentários:

Unknown on 2 de junho de 2012 às 14:58 disse...

Sempre rola isso né? Conquista alguns, conquista numa época...
E bem, nem sempre acerta-se a mão com todas as obras.

Bom saber!

liliescreve.blogspot.com

Pamela Moreno Santiago on 3 de junho de 2012 às 17:44 disse...

Almeida Garret é deveras chato.
Mas a escrita, o enredo e o desenvolvimento das personagens depende muito da época em que foram escritos. E pode ter certeza, na época fez aquele baita sucesso!

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